terça-feira, 2 de junho de 2015

Como funciona uma guitarra e a importância de se cuidar bem dela

                 A guitarra é mesmo um instrumento fascinante. Capaz de encantar a quem ouve, e também a quem a toca. O mesmo serve para os Baixos, Violões e demais instrumentos de cordas. Embora o estudo e aprendizado da técnica seja fundamental para o domínio do instrumento, não menos importante é conhecê-lo minimamente, saber o que cada uma de suas peças faz e como atuam individualmente e em conjunto. Um músico extremamente técnico, mas que não consegue perceber que seu instrumento está desafinado dificilmente agradará ao ouvinte. No mesmo sentido, um instrumento com peças de má qualidade ou indevidamente regulado certamente dificultará sua tocabilidade, muitas vezes desmotivando o iniciante, ou inviabilizando uma performance satisfatória do músico.


Cada parte/peça tem uma função específica, que interagirá com as demais para, no fim das contas, afetar o conjunto do instrumento. Vamos falar sobre as principais partes/peças:

Corpo

O corpo é a maior porção contínua de madeira no instrumento. Tem várias funções, dentre elas: "Encaixar" o instrumento no corpo do músico, conduzir vibrações causadas pelo movimento das cordas gerando sustentação das notas, servir de base de fixação para o braço, captadores, ponte, jack de saída, etc. 

Um corpo produzido com muitas partes coladas, ou de madeira de baixa qualidade, pode trazer diversos problemas, que vão desde um timbre pobre a problemas como parafusos espanados, etc.

Braço

Costumo dizer que o braço é a parte mais importante de uma guitarra, principalmente no quesito tocabilidade. É dele que o músico depende em 70%, no mínimo, para a perfeita execução das notas e acordes. 

Instrumentos são, na maioria, feitos de madeira. Madeira é um material orgânico, extremamente suscetível às variações de temperatura, umidade, poeira, etc. Quando se está mais quente ou úmido, a madeira tende a se expandir, ficar mais mole, o que pode afetar várias partes do instrumento e a sua tocabilidade geral. Muito comum é o braço ficar mais arqueado, e as cordas mais altas. Quando se está mais frio ou seco, a tendência da madeira é de enrijecer-se, encolher-se, o que faz com que o braço "volte para trás", abaixando a altura das cordas. Nos dois casos o instrumento precisará de regulagem para que se mantenha uma boa tocabilidade. 

Um braço com ação muito alta de cordas (famoso Berimbau) tornará o instrumento difícil de se tocar, pois obrigará o músico a apertar com mais força as cordas para que esta chegue ao traste. Também pode causar problema de entonação nas notas, pois a corda acaba sendo esticada mais do que deveria até fazer contato com o traste.  

Já o braço com ação muito baixa de cordas tende a "trastejar" em diferente posições da escala, a depender de outros fatores. Isto significa que as cordas podem fazer zumbidos por estarem encostando onde não deveriam ao vibrarem, ou nem mesmo emitirem qualquer som. Se o tensor estiver com muita atenuação na tensão das cordas, trastejará na região das primeiras casas até o meio da escala. Se a ponte estiver muito baixa, tende a trastejar no final da escala. E assim por diante. 

Dessa forma, é indispensável ter todo o conjunto ponte/nut (pestana)/tensor/tarraxas devidamente regulados entre si, para que a ação no braço esteja perfeitamente harmonizada ao longo de toda a escala do instrumento e para que este mantenha a afinação desejada.

Peças

Como dito antes, o conjunto formado por ponte/nut/tarraxas é a parte mais importante de um instrumento, pois tais peças são as responsáveis pela estabilidade da afinação e pela boa tocabilidade.

A ponte tem a função de manter suspensas as cordas na região do corpo. Pontes móveis tendem a ter mais problemas com relação à afinação, pois, ao acionar a alavanca, muitas vezes não voltam ao lugar exato de origem. 

O Nut/pestana, por sua vez, mantém as cordas suspensas do outro lado do instrumento, na região do braço. Os sulcos do nut, por onde passam as cordas, podem "agarrá-las" principalmente durante os bends, o que também pode causar desafinação. A profundidade dos sulcos também determina a altura das cordas nas primeiras casas da escala, o que afeta a tocabilidade naquela região do braço. O bom luthier jamais pode se esquecer de dar atenção a essa pequena porém essencial peça do instrumento.

As tarraxas são as maiores responsáveis por manter a afinação pretendida pelo músico. Se forem de má qualidade, ou estiverem com algum de sus componentes frouxos, poderão desafinar e muito um instrumento, inviabilizando muitas vezes uma apresentação satisfatória do músico.

Cordas


Produzem as vibrações ao serem tocadas. Essas vibrações, depois de captadas, geram o som propriamente dito. Cordas velhas tendem a enferrujar pelo contato contínuo com o suor da pele humana, umidade do ar, cerveja e outros líquidos derramados, etc. Quando isso acontece, a corda passa a "comer" os trastes quando entram em contato (vide foto ao lado). Cordas e trastes são feitos de compostos de metais. O atrito causado pelo contato desses componentes gera desprendimentos de minúsculas partículas de metais, mesmo em cordas novas. Cordas velhas, enferrujadas, tem os componentes deteriorados, corroídos pela ferrugem. Isso faz com que, ao entrarem em contato com os trastes, estes sejam comidos com muito mais rapidez, o que pode causar sérios danos tanto à tocabilidade e entonação em geral quanto aos próprios trastes, que deverão ser renivelados ou até mesmo substituídos em alguns casos. Portanto, NUNCA deixe que suas cordas comecem a enferrujar. Por isso é tão necessário secar as cordas com uma flanela ou pano limpo sempre que parar de tocar, além de trocar as cordas sempre que elas começarem a empretejar, ou seja, com certa frequência.

Captadores

São os responsáveis, como o nome já diz, por captar as vibrações das cordas via magnetismo e contato direto com o corpo do instrumento, transformando-as em sinais elétricos, que são transmitidos ao amplificador para que esse gere o som final ouvido por todos. Basicamente, existem dois tipos de captadores: os com bobina única (single coil) ou dupla (humbucker). Captadores single, comuns em guitarras estilo Fender, geram um som mais agudo, aberto, estalado, e também são mais propensos a ruídos. Os humbucker, comuns em guitarras estilo Gibson, soam mais fechados, obscuros, e geram menos ruídos. 

A importância da regulagem/manutenção/conservação do instrumento

Como visto, um instrumento que não tenha o conjunto ponte/nut/tarraxas/tensor devidamente ajustado dificilmente terá boa tocabilidade, o que, muitas vezes, pode ser o responsável por causar o desinteresse do estudante e até mesmo o abandono dos estudos. 
Nessa seara, não importa se o instrumento custa R$ 200,00 ou R$ 20.000,00. Tampouco se foi construído na fábrica da Gibson em Nashville/EUA nos anos 50 ou na China em 2015. Mesmo um instrumento caríssimo, sem boa regulagem, pode soar horrível na mão de um músico experiente, ao passo que um instrumento simples pode soar decentemente, se bem regulado, na mão de qualquer um.

Um dia desses peguei para regular uma Memphis by Tagima de um amigo que custa cerca de R$ 300,00. Qual a surpresa após o trato na bichinha? Queria ficar com ela pra mim! Por outro lado, já peguei guitarras que deveriam ser fantásticas mas que eram verdadeiros paus com cordas... E porque? REGULAGEM! MANUTENÇÃO! CUIDADOS!

Agora que já vimos como funciona cada parte/peça de uma guitarra, podemos concluir que ter um instrumento devidamente regulado, não importa o seu valor, é imprescindível para uma boa tocabilidade e para que o músico se mantenha motivado em tocá-lo. Ter alguém que entenda de como deixá-lo tinindo para você é importantíssimo nessa hora, principalmente alguém que ame o instrumento tanto quanto você, e que vá tratá-lo como se dono fosse, com todo o carinho que ele merece. Estou atendendo em Taguatinga Sul-DF. Regulagem em geral, pequenos reparos e manutenção preventiva é comigo, a um preço justo e camarada. Comigo você não terá uma peça trocada desnecessariamente ou surrupiada na surdina. Dou toda a atenção e cuidado que o seu instrumento musical merece, pois faço com o carinho e dedicação de quem é apaixonado pelo que faz. 

Precisando, entre em contato pelo número 61-92790044 (whatsapp), ou pelo facebook https://www.facebook.com/rafamoraes82 

Um abraço,

Rafael


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Autoral versus Cover: Quais as chances da sua banda hoje em dia?

Ok, mais de 3 anos sem postagem. O que temos pra hoje? Hummm, vamos ver. Olhando minha página de eventos no Facebook, vejo que pra hoje (terça-feira) não tem nada, óbvio, mas pros próximos dias vejo uma lista maravilhosa de grandes bandas que vão tocar no DF. Caras do naipe de Black Sabbath, System Of A Down, Legião Urbana e Raul Seixas (whatta fuck???), Engenheiros do Hawai, Led Zeppelin, Deep Purple, e muito mais! Será um carnaval como nunca antes visto? Nem tanto. Brasília virou a meca do rock mundial, com tantos nomes fodásticos além de reencarnações de mitos falecidos há anos? Menos. 

Brasília sofre de uma síndrome que vem se desenvolvendo mais ou menos em silêncio em suas entranhas desde o fim dos anos 90, um mal que se espalha com mais voracidade no mundo moderno cheio de mídias digitais, globalização, avanço econômico, e uma infinidade de outros aspectos que fazem com que a música seja massificada cada vez mais. Cada vez está mais fácil ouvir música e, por consequência, somos bombardeados a todo tempo tanto com aquilo que gostamos de ouvir quanto com o que não gostamos. O resultado é que o interesse pelo que é novo passa a diminuir gradativamente, uma vez que não temos muito tempo ou espaço pra digerir direito o que ouvimos. Dessa forma, fica muito mais fácil voltar a ouvir aquilo que já é consagrado, aquilo que já sabemos que "é bom", do que arriscar o nosso precioso tempo ouvindo algo que ainda não conhecemos direito, algo novo, não estabelecido.

Uma análise simples serve como argumento para essa teoria. Os computadores se popularizaram no Brasil nos anos 90; a internet também surgiu por aqui nessa época; o Brasil começou a se desenvolver economicamente com mais força a partir dessa década; e por aí vai. Com a popularização da internet e a famosa "inclusão digital" nos anos 2000, o processo tomou corpo de vez. Assim, agora temos acesso à milhões de discos que antes eram difíceis de se achar, e qualquer um pode conhecer a fundo o trabalho daquela banda famosa da qual gosta. Consequentemente, fica fácil expandir o conceito de que um Pink Floyd é maravilhoso, ou que os Beatles foram pioneiros de tudo o que se ouve hoje, ou que os Stones são isso, o Doors é aquilo, e assim por diante.

Some a tudo isso o fato de que o campo harmônico já foi esgotado há séculos. Aplicando isso ao rock, especificamente, os riffs e progressões de acordes já estão repetidos há décadas. "Ah, então você está dizendo que não dá mais pra fazer nada novo?" Claro que dá. Música é repetição mesmo, de um jeito ou de outro. Vejam a progressão Blues de 12 compassos, por exemplo. Se você analisar harmonicamente, verá que 90% do que foi e ainda é produzido no gênero é basicamente composto por tônica, subdominante, e resolve na dominante. Isto é ruim? Não! Pois existem muitos outros aspectos que podem ser utilizados pra "personalizar" uma música Blues, como a melodia, o fraseado, a cadência rítmica, e principalmente o "feeling". 

O que quero dizer é o seguinte: As pessoas não querem mais se dar o trabalho de analisar nada. Não querem perder tempo ouvindo algo que ainda não lhe foi dito que é bom. O resultado disso é que, desde os anos 90, não surge nada de grande no rock nacional. Mesmo no internacional, podemos contar nos dedos os artistas que surgiram nesse período e que tiveram grande repercussão.

Que eu me lembre, a última grande banda que surgiu no Brasil foram os Raimundos, que lançaram seu primeiro disco em 1994 e a partir daí tiveram um enorme sucesso fazendo o que parece óbvio e batido hoje: misturando o bom e velho rock com um rítimo genuinamente brasileiro: o forró/baião. 

Aí você vai me dizer que surgiram os Los Hermanos, o Detonautas, a Pity, o Restart, o NX Zero, Cachorro Grande, e por aí vai. Eu digo que alguns desses nem merecem ser citados por motivos óbvios, e que outros como Los Hermanos e Pitty, por mais que tenham alcançado certa projeção, não considero como sendo "grandes bandas ou artistas", do naipe de uma Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Cássia Eller, etc.

Hoje, em Brasília (e quiçá no Brasil), só há espaço para bandas cover.  Se você quer tocar no América Rock Club (Taguatinga), Velvet Pub, U.K. Brasil, Strangers, e tantos outros bares e casas de show do DF, você tem que montar uma banda cover (ou tributo). O cara chega pra você sem embaraço algum e diz: "Pra eu abrir meu bar você tem que me garantir 500 reais". Qual o artista vai poder fazer isso? De certa forma eu até entendo o lado dos empresários e donos dessas casas, afinal, eles "têm que sobreviver". E pra encher a casa e gerar lucro de consumação, apenas as bandas cover/tributo têm capacidade para tal, com exceção de um ou outro artista autoral da cidade. Você vai a um show cover do Pink Floyd e tem 300 pagantes. No show da banda autoral dos seus amigos tem 40 pagantes. E por que isso? Porque as pessoas não se interessam mais pelo novo. Só querem ver aquilo que já está estabelecido. Conclusão: a culpa é nossa mesmo. De quem consome tudo isso.  Aí como é que você vai rebater o argumento do dono do bar, se no show da tua banda autoral tem 40 pessoas tomando uma meia dúzia de cervejas, e no da banda cover tem 400?

 Afinal, será que agora não nascem mais pessoas com os genes certos pra produzirem grandes obras como antes nasciam? Caras como Renato Russo, Cássia Eller, Cazuza, Raul, e uma porrada de outros, foram privilégio de gerações passadas, e a partir de agora está proibido nascer gente assim? Acho que não é por aí...

Nadando contra essa correnteza, há ainda muita gente fazendo coisas maravilhosas em toda parte. O que falta é uma abertura geral, uma boa vontade, vamos assim dizer. Hoje o que impera é a preguiça, a ganância e a futilização generalizada. São reflexos do mundo moderno, minha gente. E o futuro me parece ainda mais obscuro do que já está. O que será de nossos filhos e netos??? Oh fuck...

Pra finalizar, vou deixar aqui com vocês alguns exemplos de que ainda há uma resistência a essa dura realidade.

1- Banda Terno Elétrico, do brother Célião de Moraes, música "Olhos de Hipinose".


2- Banda Epítase, grandes parceiros, com a canção "The Bank Guy Bossa".


3- O mestre guitarrista Taguatinguense Dillo D´Araújo com o som "Almost Morning", do seu 1º disco.




Forte abraço

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Top 5: Os cinco maiores guitarristas

Olá, senhoras e senhores. Tá bom, estive em um longo período de hiato sem postar, que decorreu do longo período de ralação pros concursos. No último dia 5 fiz a prova que pode ter garantido minha "sobrevida na vida", pois aparentemente me saí bem e devo ser nomeado para o MTur agora no começo de 2011. Isso é um alívio, após as incertezas do MPU...
Mas indo ao que interessa, outro dia preparei em meu Orkut um breve ranking Top 5 onde definia os 5 maiores músicos em cada um dos instrumentos básicos em uma banda (vocal, guitarra, baixo, bateria e teclado). Claro que o ranking tem um caráter meramente opinativo, expressando basicamente o que considero como minhas principais influências ou gosto pessoal. Mas levo em consideração também aspectos mais objetivos como sucesso alcançado, opinião popular, técnica, etc.
Decidi postar o ranking dos guitarristas aqui. Farei rápidas considerações sobre cada escolhido, fatos históricos e a motivação da escolha do músico. Apresentarei a lista do 5º para o 1º.


5 - Ritchie Blackmore


Blackmore é conhecido como o Bruxo, tanto pelo chapéu que usava nos anos 70 como pelas mirabolâncias que praticava com sua Fender Strato. É considerado um gênio, tanto pela crítica como pelo público. É um cara muito chato, reclama de tudo, não se contenta com nada. Declarou certa vez que não gosta de tocar sempre da mesma maneira. É fácil de perceber isso, em cada apresentação ele toca as músicas de maneira diferente, dando muita ênfase a improvizações com a banda, o que gerava maravilhosas e intermináveis jam sessions. Confesso que conheci o Deep Purple (e Blackmore, consequentemente) há pouco tempo, uns 4 anos. Mas a excelência de sua música e sua guitarra me atingiram de cheio, tanto pelo poder de seus riffs e solos quanto pela qualidade das composições. Músico de formação clássica, Blackmore influenciou a mim e a zilhões de outros guitarristas do porte de Malmsteen e Gary Moore.

4 - Tommi Iommi


Tommi é considerado o pai do Heavy Metal. É o rei dos riffs pesados, influenciando gente como o Metallica. O Black Sabbath é mais que uma banda de rock, é uma entidade para os rockeiros. Foi uma das primeiras bandas que ouvi, e é uma das que mais gosto. Começar a tocar guitarra passa obrigatoriamente por aprender os principais riffs de Tommi Iommi.

3 - Stevie Ray Vaughan


O Blues é o estilo que sem dúvida alguma mais revelou grandes guitarristas em todos os tempos. Originalmente coisa feita por negros, os brancos tiveram muitos expoentes bluseiros guitarristas. Mas o maior deles foi sem dúvida SRV. É tido como o "Hendrix branco" por conta do extremo virtuosismo de seu estilo. Stevie retirou o Blues do mundo dos mortos e revitalizou-o nos anos 80, dando sangue novo ao estilo. Morreu tragicamente em 1990 no auge da carreira, deixando também um importante e extenso legado para os fãs do blues e da guitarra elétrica. Conheci seu trabalho por volta de 2001, desde então tem sido uma de minhas principais influências. Passei horas e horas dissecando cada nota de sua música.

2 - Angus Young


Angus faz parte desse ranking por vários motivos. Primeiro porque é minha primeira influência como guitarrista. Conheci o rock através do AC/DC por volta de 1995, e nunca mais fui o mesmo. O AC/DC é, em minha opinião, a principal banda do hard rock em todos os tempos. Falar em rock clássico é falar de AC/DC, uma das pouquíssimas bandas que manteve seu estilo intacto por décadas e décadas, e em constante atividade. Angus é fã de Chuck Berry, Rolling Stones, etc. É fácil perceber a escola Chuck Berrysta em seu estilo cheio de double stops e levada rhythm and blues. É claro que adicionei isso ao meu estilo tambem, né... rsrs

1 - Jimi Hendrix


Logicamente a escolha pode ser óbvia. Mesmo que seja um guitarrista desprovido de grande técnica e formação musical, já é meio que unanimidade entre os guitarristas que Hendrix foi o maior de todos. No geral, há um consenso entre os mais variados estilos e entre todas as épocas na escolha do negão. Jimi era um cara simples, sem formação musical, totalmente auto-didata. Mas tinha uma incrível criatividade, misturava diversos estilos, transformava, fundia, não aceitava limitações. Respirava música, transpirava-a noite e dia. Fazia de sua música seu canal de comunicação. Sua obra, apesar dos curtos 4 anos de sua carreira como artista, é vastíssima. Deixou um legado incrível para a posteridade. Estava anos luzes à frente de sua época. Era um visionário. Era Bluesman, era pop. Era rocker. Não conhecia limites, e fazia questão de ir sempre mais além. Falta muito disso a muita gente hoje em dia... Quando conheci sua música com mais atenção, eu já era guitarrista há uns 4 ou 5 anos. Aquilo me mudou completamente. Passei a estudar seu estilo e suas aplicações o tempo todo. Posso dizer que minha vida como guitarrista se dividiu por 2 vezes ao longo dos anos. A primeira foi quando conheci SRV, e migrei do estilo rock pesado (Black sabbath, Metallica, Pantera, Megadeath, etc) para o Blues (abro parêntese aqui para explicar que criei interesse em Blues através de Chuck Berry, inicialmente, após ver o filme "De Volta para o Futuro". Mas foi apenas após SRV que mergulhei de vez no estilo). A segunda foi por conta de Hendrix. Após ter contato com seu trabalho passei a ter uma visão mais abragente, aberta, universal da guitarra e da música em geral. Hendrix me ensinou a ver a guitarra em perspectivas diferentes, não apenas como instrumento: também como extensão do próprio corpo do guitarrista. Adoro a maneira como Hendrix explorava regiões não tão acessíveis do braço da guitarra, bends em casas incomuns, slides longos, feedback, efeitos de ambientação, etc.

Bom galera, é isso. Muitos outros guitarristas importantes não couberam no post, como o citado Chuck Berry, B. B. King, Mark Knopfler, Carlos Santana, Eric Clapton, Keith Richards, Slash, Joe Perry, Jimi Page, David Gilmour, Muddy Waters, Buddy Guy, Albert King, Alvin Lee, Nuno Mindelis, Johnny Winter, Jeff Beck, etc. Mas todos têm sua importância e influenciaram a mim e a muita gente. Espero que o próximo post não demore tanto. Nos vemos em breve! Forte abraço.

domingo, 18 de julho de 2010

Toca Raul: Quando a música deixa a arte rumo ao social

Olá,

Quase 2 meses sem postar, ritmo alucinante no cursinho buscando um lugar ao sol no hipermegamasterbig-concorrido MPU, o mais bombado de todos os tempos, não venho tendo muito tempo pra outras coisas fora a rotina massacrante do estudo. Mas decidi, por motivos força maior, fazer esse post explorando algumas idéias que exponho abaixo... Hoje o blog aborda temas mais sociais, mas claro que envolvendo música.

Qual seria o limite entre uma reação que é fruto das disputas de classe social (e deveríamos encarar tal reação com um reflexo desse detalhe social?) e aquilo que se chama educação - um mínimo de berço quanto ao "modo de se ter modos" perante os demais integrantes da sociedade? As classes sociais mais inferiorizadas, sem tanto acesso à cultura e educação de qualidade, diversão, saúde, trabalho, etc. devem ser encaradas como "coitadinhas" , vítimas do sistema falido de capital, ou com mais aspereza, no sentido de que se relacionar com o próximo com um mínimo de urbanidade, seja de onde ele for ou quem ele for, é obrigação de todo ser humano, independentemente do quão segregada uma classe/comunidade seja?

Dizem que a música é universal. Dizem que ela serve para muitas coisas, dentre elas aproximar e socializar os homens. Dizem que a música foi feita para que com ela o homem tivesse um meio de se expressar, de exprimir suas angústias, lamentos, sofrimentos, esperanças, alegrias e tristezas. Além disso tudo, sabe-se que quando um burro fala, os demais abaixam as orelhas. Acho que isso é de berço, né? Ou estou errado? Não há que se falar em berço quando este não existe, ou quando é comprometido por "n" fatores, frutos desse lance de classes sociais? Seria algo parecido com aquilo qaue em Direito chamamos de "fruto da árvore envenenada": Se a base é comprometida, o resto também ficaria necessariamente comprometido?

O post tomou um rumo meio social/filosófico, eu sei. Mas explico. Hoje toquei com a Casa Vermelha em um evento um tanto complexo de ser definido (ou não) na nossa querida cidade de Ceilândia - DF. É meio complicado para mim falar dessa cidade, uma vez que convivo com ela frequentemente, apesar de não morar lá. O fato é que o evento foi realizado em um setor da cidade dominado pela violência e pelo abandono social, o que fez com que a apresentação da banda fosse encarada por alguns "indivíduos da comunindade" (os "correria", como disse o Victor) como uma afronta à posição deles e o lugar onde eles vivem, ou algo do tipo. Gritos de "rock não é coisa pra Ceilândia não, malandro, aqui é lugar pra rap e hip hop" ou "vai pra tua casa, playboy, rock é coisa pra playboy de Taguatinga" ecoaram pelo público durante alguns momentos da apresentação, o que foi decisivo para uma apresentação ruim da banda, em que pese estarmos há bastante tempo sem ensaio. Particularmente foi muito descepcionante ser recebido dessa maneira, ainda mais pelo fato de estarmos ali para difundir nosso trabalho autoral, feito em português e com muito suor, como o rap deles... Quando fomos convidados a tocar ali, sinceramente não esperava que teríamos a mais calorosa das recepções, no sentido positivo da expressão, mas também não esperava tal aversão. Esperava um mínimo inerente a qualquer SER HUMANO: Respeito.

Claro, talvez os gritos emanacem de gatos pingados no meio do público; talvez nem fossem tantos assim que estivessem descontentes. Aliás, pelo que me lembro, os mais exaltados eram apenas uns dois, um em cada extremo do palco, seguidos pelos risinhos dos comparssas deles. Mas tal reação teve o poder de abater não só a banda, mas o restante da platéia, que continha até crianças e pessoas de família, pessoas que mesmo que se estivessem curtindo, visivelmente se sentiram constrangidas e murcharam junto com a banda.

A banda é de Taguatinga, originalmente. Ponto. Taguatinga é, verdadeiramente, a cidade do DF que ao menos em teoria tem um nível maior de desenvolvimento econômico em relação ao resto do DF, excetuando Brasília. Mas ao meu ver, isso, por si só, não faz dos taguatinguenses melhores ou piores que os demais; assim como não faz dos brasilienses melhores ou piores que nós ou que os "correrias". Levanto essa tese para embasar uma teoria de que o preconceito classial não ocorre só "de cima para baixo", se é que há mesmo alguém em cima. Ocorre também (e muito) de baixo pra cima. Talvez com até mais força e intensidade, no mundo moderno. Claro que o mito da "superioridade da classe dominante sobre a dominada" ainda vige na nossa sociedade, de certa forma, mas foi quebrado há muito tempo esse paradigma de segregação. Hoje o mundo é globalizado, havendo até mesmo a tal falada inclusão digital dos menos favorecidos. Hoje todo mundo tem acesso à informação como nunca se teve, hoje todos convivem (ou podem conviver, se assim o quiserem) no mesmo espaço físico, e com uma certa igualdade do condições. O Brasil hoje não é mais aquele país palpérrimo de uma ou duas décadas atrás; tio Lula conseguiu mesmo progressos contundentes que possibilitaram um avanço sensível das diferenças de classe (no sentido positivo da coisa), diminuíndo bastante as desigualdades, diminuíndo a pobreza como um todo.

Ao meu ver hoje não se pode mais tratar aqueles que insistem em se isolar e se definir como excluídos como coitados, como vítimas única e exclusivamente do embate social causado pelo capital ou pela ingerência do Estado. Hoje as chances estão aí, aqueles que realmente querem arregaçar as mangas têm sim um mínimo de futuro e de esperança de vencer minimamente na vida.

Portanto, mesmo que se mantida essa máxima de que "boi em curral alheio vira vaca" (expressão pega emprestada do Clodovil rsrsrsrs), acho que ainda se deve manter um mínimo de RESPEITO e EDUCAÇÃO. Afinal, aqueles que se sintam incomodados, que se retirem, não é mesmo!?

Resolvi editar esse texto pois a coisa tomou uma amplitude hoje que jamais passei em todos esses quase 10 anos em que lido com música e shows. Aquela turminha do "toca Raul" já deu há muito tempo, mas ainda persiste e insiste em ridicularizar o trouxa do músico, um cara que rala pra caramba pra poder estar ali tentando divertir a todos e passar sua mensagem. Os "correrias", se soubessem o quanto de correria o infeliz do músico tem que fazer pra poder se apresentar, talvez tivessem mais respeito e educação com a gente. Ou não, né. Afinal, "a gente é quem tem que entender o quão difícil é a vida deles, e todos os problemas que eles têm, e não querer meter o nariz onde não é chamado", não é mesmo!?

Fica a lição pra banda, mais uma. Ainda valhe, de certa forma, aquela conversa de cada macaco no seu galho. Fica ainda uma lição a quem quer que leia esse blog: Educação e respeito vêm de berço, ou se adquire na rua. Mas que voce as deve ter, deve. Não faz mal à ninguém... E a música agradece.

Abraço a todos

quarta-feira, 26 de maio de 2010

FESTIVAL REPÚBLICA BLUES - BRASÍLIA/DF

Hoje vamos falar sobre o Festival República Blues, que neste fim de semana acontece na capital do Brasil, sendo esta sua 2ª edição.
O festival, o maior do centro-oeste e um dos maiores do país no gênero, esse ano conta com um time de mesmo calibre ou até maior que o do ano passado, que teve nomes importantes como a lenda viva do Misssissipi Eddie C. Campbell (tive a honra e o prazer de tocar com essa figura simpatissíssima no seu workshop na Escola de Música de brasília), Blues Etílicos, Celso Blues Boy, etc. Este ano teremos novamente o angolano/brasileiro Nuno Mindelis, que apresentará seu novíssimo álbum Free Blues em terras candangas, além de atrações internacionais como T. M. Stevens Project e o mago do "two hands" Stanley Jordan, aém de uma série de artistas nacionais do gênero como Flávio Guimarães, Jefersson Gonssalves, André Cristovam, Ari Borger, e muitos outros.

A produção do evento ficou a cargo do Clube do Blues de Brasília, entidade privada que tem como produtores Jussara de Almeida e Luiz Kaffa (vocalista da Brazilian Blues Band). O clube busca a difusão do gênero entre as novas gerações e a resistência contra aqueles que tentam de todas as formas esmagar a música de qualidade, em favor de modismos sem conteúdo. Assim, o Festival chega à sua segunda edição ainda mais forte do que no ano anterior, já consolidado na cena cultural da capital federal. Não podemos deixar de agradecer ao Luiz e a Jussara por toda a força e oportunidade que eles deram à Casa Vermelha, desde os primórdios da banda em 2004, até os dias de hoje. Deram chances mesmo quando éramos apenas um bando de garotos se aventurando a tentar tocar Blues e, só por isso, já merecem muito da nossa gratidão e reconhecimento do trabalho que eles realizam em favor do Blues em si e de bandas pequenas como a nossa.

Os shows acontecerão este ano de sexta a domingo, dias 28, 29 e 30 de maio. Sexta e Sábado a partir das 19h no gramado da sala Funarte, próximo à Torre de TV. No domingo, a partir das 16h, a festa será no Teatro de Arena do Cave no Guará, sempre com entrada franca.

Na edição do ano passado, toquei com a Casa Vermelha no 2º dia do Festival, abrindo a noite. que ainda teve gente do calibre de Celso Blues Boy, Eddie C. Campbell e a Brazilian Blues Band, entre outros. Após alguns problemas com atrasos na programação, entramos no palco já de noite, tendo nosso show sido encurtado de 40 para 30 minutos, o que prejudicou um pouco nossa apresentação. De qualquer forma, o público se mostrou bastante acolhedor aos "novatos" da Casa Vermelha, e o nosso show foi maravilhoso. A apresentação foi documentada em áudio e vídeo de excelente qualidade. Dá uma olhada aqui.


Tô disponibilizando aos senhores em primeira mão o download do show completo em mp3 aqui nesse post, quem quiser, mais uma vez, pode repassar aos amigos sem problemas, contamos com a força de voces na divulgação do trabalho!!!

Forte abraço, e até a próxima coluna!

Rafa Moraes

domingo, 9 de maio de 2010


Olá pessoal!

Após um tempo sem postar, decidi criar esse post pra disponibilizar a vocês o donload do 1º disco da minha banda, a Casa Vermelha!
O disco já está disponível desde seu lançamento em outubro de 2009 no myspace da banda para ser ouvido online, mas não para download. Decidi liberar geral as mp3 pois, como exposto no post anterior, não há mais sentido em se impedir a livre distribuição virtual do trabalho do artista, o que acabaria por dificultar a divulgação desse trabalho. Assim, deixo pra voces o link para o download via 4Shared, desde já autorizando a livre distribuição das músicas a quem os senhores desejarem, desde que sejam sempre respeitados nossos direitos quanto a autoria de letras e músicas, e sendo proibido o uso visando o lucro de terceiros com o trabalho da banda, tudo de acordo com a legislação vigente.


Espero que gostem, e agradecemos a quem ajudar a divulgar!!!

Abraço a todos!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Música: A virada do MP3


Vivemos uma época em que aquele som que seu amigo lhe disse que é super maneiro está a alguns instantes (ou cliques) de seu domínio, através da Internet. Quer você queira, ou não. Hoje é assim. Mas nem sempre foi.
Lembro-me de um tempo onde o máximo que conseguíamos era pegar uma fita K-7, e fazer uma cópia daquele disco vinil ou outra fita do seu colega, ou gravar as músicas pelo rádio, onde a gente ficava horas e horas só esperando a música desejada "passar" no rádio... Pra quem tem menos de 12 anos, isso parece piada, não é? Pois é. Mas era assim que as coisas funcionavam.

Do surgimento da música comercial em grande escala, que se deu mais ou menos no começo do século passado, até os dias de hoje, a era da Internet e seus recursos infinitos é de longe a maior revolução ocorrida quando o assunto é música, em todos os sentidos.
No período da música clássica, os compositores e músicos em geral tinham como ferramentas apenas instrumentos acústicos para apresentar seus trabalhos, partituras escritas para registrá-los e o boca-a-boca para divulgá-los. Com o passar do tempo e avanço de tecnologias como o invento da fita magnética, que permitia registrar sons, ou o progresso dos meios de comunicação e transportes, o horizonte do mundo musical começou a se expandir, trazendo consigo a possibilidade de que o artista explorasse comercialmente seu trabalho, além de permitir um maior alcance deste.
Todas essas revoluções demoraram décadas, ou até séculos para terem mudanças significativas, mas a Internet veio para escandalizar tudo, devastar como um furacão a tranquilidade dos agentes deste mercado rentabilíssimo, pondo em xeque os princípios éticos e os conceitos relacionados à música e ao seu mercado. Hoje não se fala mais em quantas cópias foram vendidas de um disco, ou qual a música mais tocada nas rádios; a onda agora é o número de downloads, os programas P2P, os Torrents, e uma série de outros recursos de disponibilização de músicas.
Antigamente, lembro-me de como era difícil pra gente como nós, nascida num país de "3º mundo", acompanhar os artistas preferidos e conhecer realmente a fundo o trabalho completo daquela banda favorita.Vários fatores contribuíam para isso: Os discos sempre foram muito caros; Muitos discos de artistas internacionais (e até nacionais) nem mesmo se encontrava nas lojas de discos, pois sua distribuição era limitada, principalmente em cidades fora do eixo Rio/SP; Quase não existia meios de pirataria, até porque as próprias mídias eram caras, e mais uma série de fatores.

O fato é que naquela época, o meio que se tinha pra ouvir um disco era pegando emprestado com alguém, ou ouvindo uma música ou outra pela rádio, o que convenhamos era muito frustrante. Ficar ouvindo repetidas vezes aquela mesma fitinha k-7 de sempre todo dia no caminho da escola era um saco! Que ironia, hoje eu mudo a trilha sonora do meu caminho pro cursinho todo dia... rsrsrs... Raramente ouço a mesma coisa de um dia pro outro.


O que é que rola hoje em dia? Resposta: Uma briga generalizada entre músicos/produtores/gravadoras (principalmente) versus usuários/sites/internet em geral.
Ora, pra mim essa briga é descabida. Por que? Pois se tomarmos como base o fato de que o princípio mais primordial do funcionamento da Internet é a cópia, a discussão sobre quebra de direitos autorais perde sentido.

A Internet tem por funcionamento básico a transmissão de dados feita por cópia de arquivos de um servidor ou um usuário para outro usuário. Dessa forma, tudo o que vemos na nossa tela é fruto de cópia de arquivos. Assim, como pode um áudio qualquer ser executado e ouvido por um usuário senão por meio da cópia/transferência de arquivos?

Claro, isso não quer dizer que o usuário tenha o direito de copiar ao seu bel prazer todos os discos ou músicas sem desembolsar nada por isso. O direito pela obra do autor continua sendo deste, cabendo a ele gozar todos os benefícios sobre seu trabalho, inclusive o financeiro. Mas como fazer para impedir que o trabalho do artista seja distribuído indiscriminadamente pela Internet?
Pra mim, essa é uma causa que já nasceu perdida, com o nascimento da própria Internet.
Todo dia se fecha uma comunidade do orkut, extingue-se um programa de download, tira-se arquivos dos discos virtuais, etc etc etc. Mas pra cada um que é tirado, outros dez surgem.

O artista moderno, que já nasceu na era da Internet talvez esteja mais adequado a essa realidade, mas os artistas da velha guarda, assim como as gravadoras tradicionais relutam em engolir esse novo contexto. O que eles não vêem, é que esta foi uma mudança definitiva e para sempre, não há como o mercado actual se virar contra o avanço tecnológico e a globalização.

Hoje o artista deve mais do que nunca se virar com as cartas que tem na manga, e abrir mão da Internet parece suicídio. Querer gravar um disco e vender milhões de cópias virou saudosismo ou utopia, você escolhe. Tudo bem que é possível a venda de discos ou faixas individuais pela rede, o que continua sendo uma boa pedida. Mas o que aqueles envolvidos com a música, ou os próprios artistas têm de compreender e aceitar de uma vez por todas e para seu próprio bem, é que o mundo mudou, o mercado mudou, a música mudou. E não vai voltar mais ao modo como era antes.

Hoje o artista deve pensar na gravação de sua obra e na Internet em si como um meio fantástico de divulgar e distribuir seu trabalho, deixando para esperar alcançar lucro a partir daí, em outros tipos de retornos como a publicidade, os shows e apresentações que surgirem.


Ferramentas diversas existem na Internet para aqueles que se adaptaram e pretendem utilizar-se dessa ferramenta como um aliado, e não como vilão: orkut, myspace, rádios on-line, blogs, discos-virtuais, sites de bandas, etc. Abrir mão disso tudo é condenar-se ao ostracismo. Não há como qualquer artista, das bandinhas de garagem aos medalhões consagrados, sobreviverem sem a Internet nos dias de hoje.

Assim sendo, claro que vou deixar aqui o link do MySpace da minha banda Casa Vermelha, né?!Quem quiser pode ouvir nosso 1º CD livremente e na íntegra através do www.myspace.com/casavermelha ok?

Um abraço, e até a próxima coluna!

Rafa Moraes